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Foto do escritorNilva Bortoleto

Estudos clínicos: 7 dicas para maximizar seus recursos e viabilizar projetos mais eficientes

Atualizado: 10 de fev. de 2021




Com frequência entramos em contato com ideias de medicamentos promissores que poderiam trazer grande contribuição ao portfólio de nossa empresa. No entanto, saber que uma ideia inovadora tem chance menor que 10% de se transformar em um medicamento registrado constitui um fato desanimador. Neste contexto, o custo dos estudos clínicos é um dos principais fatores que pesam nesta equação, visto serem a etapa mais longa e cara no desenvolvimento de produtos inovadores ou incrementais.


Mas como podemos viabilizar uma boa ideia de produto de forma mais eficiente e econômica? Desta forma, trazemos aqui algumas recomendações viáveis já utilizadas previamente, e selecionadas de publicações cientificas da área:


Não acumule funções na área de Pesquisa e Desenvolvimento que não são eficientes, para isso existem potenciais parceiros capazes de executar a função de forma mais rápida e mais econômica, como são as CRO (Contract Research Organizations), seja na área da pesquisa clínica ou não. Este motivo levou muitas farmacêuticas multinacionais e terceirizar por completo suas equipes de pesquisa clínica, mantendo internamente somente coordenadores estratégicos da área.


Seja ágil ao buscar respostas que inviabilizam o seu projeto e não economize energia para descobrir os pontos fracos ou críticos do produto em construção. Desta forma, a empresa pode descartar de imediato projetos fadados ao fracasso e investir tempo nos potenciais vencedores.


Invista em modelagem de dados por simulação de computador. A partir de cenários construídos com dados já disponíveis do seu produto, viabilize simulações de computador com a finalidade de antever possíveis resultados clínicos. Os estudos com pacientes ou mesmo voluntários sadios são caros demais para se obter resultados desfavoráveis e surpreendentes não previstos.


Não selecione parceiros somente pelo preço. Parceiros fracos, sejam eles empresas ou centros de pesquisa inexperientes, em geral, podem ser baratos e trazem mais problemas. No final das contas, o resultado poderá ser igual ou mais caro que as opções menos acessíveis.


Busque sempre modelos de estudos simples, curtos e que tragam respostas concretas, se possível. Há empresas investindo em estudos clínicos adaptativos e avaliações parciais de eficácia, como condicional para seguir em frente no projeto. Não faz mais sentido conduzir um estudo por 5 anos, por exemplo, e descobrir que o resultado não é positivo.


Invista na construção de equipes eficientes e coesas, e de preferencia utilizando metodologias de gestão de projetos. Equipes fragmentadas e ineficientes, mesmo que composta por pessoas altamente capacitadas, geralmente não são capazes de levar projetos complexos ao cabo com sucesso.


Gerencie o ciclo de vida dos produtos de forma eficiente eliminando barreiras entre as equipes da pesquisa, marketing e fábrica. Muitos projetos promissores morrem simplesmente pela falta de fluidez entre estes times na empresa.


Bem, estas foram algumas diretrizes apontadas como contribuidoras para o sucesso de projetos farmacêuticos, sejam estes medicamentos ou produtos para saúde, previamente identificadas como efetivas para a construção de um portfólio de sucesso e resumidas aqui de forma sucinta.

E desejamos sucesso na viabilização de seus projetos!


Fontes consultadas:


Goldman, M. The Innovative Medicines Initiative: A European Response to the Innovation Challenge. Nature, 91, 418-425, 2012.

Kaitin, K.I. Translational research and the evolving landscape for biomedical innovation. J Investig Med, 60 (7), 992-998, 2012.

Silva, CR. Desenvolvimento de medicamentos no Brasil: evolução e cenário atual. Editora Nelpa 2017, 2ª edição.


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